Ads 468x60px

.

sábado, 17 de janeiro de 2015

WHIPLASH - EM BUSCA DA PERFEIÇÃO


WHIPLASH - EM BUSCA DA PERFEIÇÃO
DIREÇÃO: Damien Chazelle
ELENCO: Milles Teller, J. K. Simmons e Paul Reiser
5 INDICAÇÕES AO OSCAR


O solitário Andrew (Miles Teller) é um jovem baterista que sonha em ser o melhor de sua geração e marcar seu nome na música americana como fez Buddy Rich, seu maior ídolo na bateria. Após chamar a atenção do reverenciado e impiedoso mestre do jazz Terence Fletcher (JK Simmons), Andrew entra para a orquestra principal do conservatório de Shaffer, a melhor escola de música dos Estados Unidos. Entretanto, a convivência com o abusivo maestro fará Andrew transformar seu sonho em obsessão, fazendo de tudo para chegar a um novo nível como músico, mesmo que isso coloque em risco seus relacionamentos com sua namorada e sua saúde física e mental.


A temática da busca sangrenta pela perfeição volta à tona na sétima arte. Enquanto muitos se recordam de Cisne Negro, eu prefiro me apegar a O Diabo veste Prada, que abordava o profissionalismo com destaque a uma personagem que não estava exercendo a função que desejava, mas em Whiplash – Em Busca da Perfeição, enxergamos o lado de uma frase diversas vezes dita no filme brilhantemente estrelado por Meryl Streep: “Milhões de pessoas se matariam por esse emprego”.

Escrito e dirigido pelo jovem cineasta Damien Chazelle, o filme acerta em focalizar sua trama ágil e direta num jovem de 19 anos (interpretado por Miles Teller), que, como todos em sua idade, têm seus normais sonhos utópicos de ingresso na vida profissional, onde muitos querem fazer de seu hobby o seu trabalho e desvalorizam o capitalismo como peça importante do ato de viver. Andrew sonha em ser baterista e busca o mais renomado professor de música para conferir-lhe a fama e o prestígio que ele tanto sonha. Só que o buraco é mais embaixo, e não tem como acharmos que estamos sozinhos no mundo, nem que somos perfeitos o suficiente, a estrela não necessariamente é você, a prova é mais de fogo do que se pensa, e o ato de “engolir sapo” passa a ser mais real do que nunca. Sempre haverá o olhar crítico para apontar onde estamos deixando a desejar. Na busca pelo sonho, aparece a indesejada concorrência, que, como se não bastasse, pode brotar num ser a mais negativa forma do sentimento da inveja, que pode levar qualquer um a tomar atitudes antes inimagináveis por si próprio. Parece que você esta começando a conhece a si mesmo e se vê na obrigação de ter um autocontrole absurdo para não deixar que uma vida inteira se acabe.

É muito válido apontar no elenco o brilhante protagonismo de Milles Teller, mas não tem como não se encantar com o benevolente antagonismo de J.K. Simmons (que interpreta o professor e está indicado ao Oscar 2015 de Melhor Ator Coadjuvante por este filme), que dribla todos os artifícios manjados que poderiam ser encontrados em seu personagem, abusando da racionalidade, mas usando a emoção nas doses e nos momentos certos, mostrando a faceta daquele que está julgando e que sabe que o melhor resultado provém da pessoa que faz um bom trabalho e não daquele medíocre que justifica dizendo que deu o seu máximo.

Whiplash – Em Busca da Perfeição mostra que a caminhada em busca de nossos sonhos tem chances de não ser do jeito que a gente quer e nem sempre os desejos se realizam. Na composição da música Malandragem, Cazuza e Frejat dizem que “bobeira é não viver a realidade” e “quem sabe a vida é não sonhar”. Mas vale o brilhante trabalho Damien Chazelle que, destacando um final eletrizante em seu filme, deseja direta ou indiretamente uma boa sorte a todos.

Fonte da Sinopse: Adoro Cinema


0 comentários: