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terça-feira, 20 de junho de 2017

NICOLE KIDMAN 50 ANOS




Quando explano para alguém sobre o amor que tenho pela sétima arte, confesso que não consigo responder sobre quem é o meu ator ou diretor favorito, nem sei qual é o meu filme predileto. Mas nesse fanatismo, um nome em muito me encanta: Nicole Kidman. Falar sobre como surgiu minha idolatria por essa atriz é até bizarro. O ano era 2001, eu tinha onze anos e já era algo em torno de sete de noite, quando uma forte dor de cabeça me abateu. Criança sem saber o que fazer, deitei-me bem próximo a um ventilador forte, como se o frio fosse aliviar a dor. Resultado: sono precoce. Diante disso, acordei de madrugada, e sem conseguir voltar a dormir, liguei a televisão. O filme era Malícia, e aquela mulher loura, que eu nunca tinha visto, em muito chamava minha atenção. Os créditos finais mataram minha curiosidade sobre quem ela era. Aquele nome não saiu de minha cabeça.

Morei desde que nasci até os quinze anos no interior do Maranhão (moro inclusive hoje, após cinco anos na capital). Cinema na cidade? De forma alguma. Locadora? Apenas uma naquele período. Internet? Demorou muito a chegar. A Tela Quente salvou bastante meu fanatismo de cair em desgraças. Porém, sempre lia os jornais para ver quais filmes estavam em cartaz, os atores do momento, colunas de arte e cultura… Até que um dia, um veículo impresso trazia a lista dos indicados ao Oscar 2002. Lá vou eu todo curioso saber quem estava na disputa. E lá estava na categoria de Melhor Atriz: Nicole Kidman, por Moulin Rouge - Amor em Vermelho. Pronto. Naquele momento pus em minha mente que aquela era a pessoa que eu ia venerar. Seu nome quando era dito, fazia meus olhos brilharem. Cada filme seu que eu via, era meu preferido, e seu talento era incontestável.

Minha mudança para São Luis em muito melhorou minha vida. Já tinha comigo todos os artifícios para viver mais o cinema e seguir a vida da Nic. Não nego que fui ficando mais culturalizado e de mente aberta, a ponto de saber reconhecer vacilos. Mas meu lado fã fala mais alto. Hoje, e desde sempre, vivo a seguir sua carreira, querer saber notícias sobre sua vida, seus projetos. Quando criticada, fico triste como um pai vê seu filho sendo esculachado publicamente. Uma atriz que fez o que fez no já citado Moulin Rouge, em Os Outros ou Reencontrando a Felicidade nunca me fez perder a crença de que grandes atuações pode vir a qualquer momento, mesmo que muitos ainda demonstrem prazer em estar criticando implantes de botox. E vale ressaltar o brilhante ano de 2017 que ela está tendo, com uma aclamada atuação na série de tv Big Little Lies, pela indicação ao Oscar pelo filme Lion - Uma Jornada para Casa, pelos quatro filmes em disputa no festival de Cannes e pelo prêmio especial conquistado no mesmo. Que mulher!

O mais marcante, sem dúvida, foi o dia 23 de março de 2003, quando eu fiquei acordado até Denzel Washington falar: “And The Oscar Goes To… By a Nose… Nicole Kidman”. Em plena madrugada, fiquei pulando em casa sem parar, como o torcedor de futebol vibra o gol de seu time. Era o momento em que o mundo via Nicole Kidman ser consagrada com uma interpretação arrebatadora em As Horas. Em seu discurso, pediu que sua filha Isabella tivesse orgulho dela. Tal pedido, sinto como se fosse para todos os seus fãs, e agora eu digo: “Nicole, eu tenho orgulho de você”. Que venham mais 50 anos!

"Perguntar muito a si mesmo sobre todas as coisas é analisar demasiadamente o seu próprio mistério"

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